Nos últimos tempos, tem-se realizado o diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em crianças com maior eficácia e rapidez, devido ao avanço da medicina, bem como uma maior conscientização de que o TEA é uma deficiência tratável, e não o “fim do mundo” como se pensavam antes. Inclusive, podendo se mostrar de forma mais branda, sendo confundido como uma simples introspecção, ou mesmo timidez.
Sinais de alerta
Primeiramente, os pais e familiares devem estar atentos aos pequenos sinais dos traços de TEA, por mais discretos e insignificantes que se mostrarem. Desde os primeiros meses de vida, podendo ser notados a falta de sorriso e expressões faciais. O bebezinho não olha diretamente nos olhos e não interage com os pais ou familiares, não chora por falta de colo, ficando muito bem sozinho no berço, prefere brinquedos específicos e os utiliza de formas não convencionais.
Por outro lado, os mais grandinhos, têm dificuldades com o sono, atraso na linguagem, preferem apontar o que querem ao invés de verbalizar, não se socializam com crianças da mesma idade.
Enfim, pequenas situações que na maioria das vezes passam despercebidas, e que, se notadas e levadas em consideração por profissionais dedicados e atentos ao desenvolvimento infantil, fariam uma diferença crucial no tratamento terapêutico realizado por equipe multidisciplinar, e quando necessário, medicamentoso.
O que é equipe multidisciplinar?
A equipe multidisciplinar atua em áreas específicas. A fonoaudiologia ajuda a trabalhar na comunicação, a terapia ocupacional a desenvolver a autonomia, a psicologia ajuda na reabilitação cognitiva, e o neuropediatra no acompanhamento e seguimento das demandas médicas da criança, além de ser o profissional responsável por assinar o Laudo, que garante os direitos e benefícios do autista, muito bem exemplifica pela equipe do Autismo Legal. Portanto, todos estes profissionais em conjunto são de extrema importância, e fazem uma diferença enorme nesse mundo azul.
A cada dia, estudos científicos têm revelado como funcionam as fases do desenvolvimento do cerebral infantil, corroborando a tese de que quanto mais cedo uma criança for estimulada, melhor serão os resultados desses estímulos a longo prazo. As crianças, em especial, possuem momentos cerebrais únicos para determinados marcos no aprendizado, momentos estes, que se forem perdidos, prejudicarão o efetivo desenvolvimento neurológico.
Porque é diagnóstico precoce no autismo é tão importante?
Por isso, a importância do diagnóstico do autismo ser realizado nos primeiros anos de vida, talvez meses, pois através da estimulação precoce, com intervenção terapêutica eficaz, torna-se mais efetivo o desenvolvimento neurológico da criança.
Após a realização do diagnóstico, a parceria entre família, escola e equipe multidisciplinar devem ser estreitadas, para que cada fase do desenvolvimento infantil seja estimulada de acordo com as características de uma criança com TEA, e que estas fases não venham ser perdidas com tentativas inapropriadas de ensino e/ou interação.
Além disso, a intervenção precoce é de vital importância, e quanto mais cedo for aplicada com base científica, amor, carinho, perseverança, dedicação e união entre as pessoas que rodeiam essas crianças tão especiais, melhor será o resultado.
Enfim, a criança com TEA sempre deve ser incentivada a praticar atividades que estimulem a criatividade e os sentidos, como a pintura, oficina de artes, equoterapia e musicoterapia. Lembrando que, se iniciados precocemente, maiores são as chances de suas potencialidades serem desenvolvidas ao máximo durante sua vida.
Doutora Ellen Rodrigues Teixeira
Neuropediatra
CRM-ES 11.209/RQE 11099/RQE 11100
Instagram: @draellenteixeira
Clínica São Mateus (São Mateus – ES)
Tel: (27) 3763-1910
Qual profissional proficional devo levar sempre o meu filho as consultas neuro ou psquiatra?
Tanto faz
Os 2 são especialistas no diagnóstico do autismo